O sindicato dos médicos veterinários repudiam a atitude do Sr. José Milton Frota de Souza, proprietário do Laticínio PALADAR, município de Serra Dourada que no dia 29 de abril deste ano, manteve presa no citado estabelecimento a equipe de fiscalização da Agência Estadual de Defesa Agropecuária da Bahia – ADAB e policiais militares, durante o exercício legal de suas funções. O responsável legal pelo estabelecimento ainda insuflou a população a agir contra a equipe, colocando em risco a integridade física dos fiscais. Estamos atentos aos desdobramentos que este ato arbitrário impôs não somente à equipe de fiscalização, mas também, à população baiana. Tudo foi registrado na 26ª Delegacia (Santa Maria da Vitória) sob o número BO-15–00779 e o Ministério Público já tem conhecimento.

Entenda o caso – Em decorrência da fiscalização realizada no Laticínio Paladar, entre os das 28 e 29 de abril, no município de Serra Dourada, a Agência de Defesa Agropecuária da Bahia (Adab), vinculada a Secretaria da Agricultura da Bahia (Seagri), realizou atividade de rotina no estabelecimento que se encontrava interditado por não atender aos padrões higiênico-sanitários necessários. A atuação da Agência esteve amparada na lei e buscou, principalmente, salvaguardar a saúde da população, com ações que visam coibir a atividade industrial irregular no estado, da produção ao transporte de produtos e subprodutos de origem animal.

O registro do laticínio estava suspenso desde outubro do ano passado, não podendo funcionar nem produzir queijos com Selo de Inspeção Estadual (SIE). Desde então foram constatadas condições precárias de higiene e acondicionamento, infligindo diversas exigências para a produção de queijos seguros e de qualidade. Após uma visita para verificar se o estabelecimento estava realmente sem funcionar, na última terça-feira, 28 de abril, foi verificado que a produção estava ativa. Segundo a médica veterinári, Kátia Pedroza, o laticínio foi interditado, e cerca de quatro toneladas de produtos impróprios para consumo foram apreendidos, ficando o proprietário como fiel depositário.

Seria uma ação rotineira se não fossem as reações do proprietário José Milton Frota de Souza, que também é prefeito da cidade, quando a equipe da Adab retornou ao local no dia seguinte (29) para retirada e destruição dos produtos e embalagens. O prefeito manteve os servidores da Agência e policiais militares em cárcere privado, ficando impedidos de sair do estabelecimento. Ao serem libertados, os fiscais ainda foram rechaçados pelos militantes partidários do prefeito. Para completar, o proprietário distribuiu entre os presentes todos os produtos impróprios para consumo, cometendo um crime contra a saúde da população. Os servidores da Adab prestaram queixa na delegacia de Santa Maria da Vitória, que está investigando o ocorrido.