A tentativa de responder os anseios, as críticas e reclamações são decorrentes das cobranças da categoria, que vê com desconfiança a mudança de atitude dos dirigentes, diante da proximidade das eleições no CRMV-Ba.
Uma coisa é certa. Bastaram os médicos veterinários terem uma voz ativa, através do seu Sindicato, para que os Conselhos profissionais, regional e federal, saíssem da inércia e começassem a desempenhar seu papel. A tentativa de responder os anseios, as críticas e reclamações são decorrentes das cobranças da categoria, que vê com desconfiança a mudança de atitude dos dirigentes, diante da proximidade das eleições no CRMV-Ba. A divulgação do Relatório de Atividades 2011 do CRMV/Ba foi feita esta semana, através do boletim Eletrônico dirigido aos profissionais, cujo conteúdo são as realizações e a prestação de contas do Conselho local.
Trata-se de uma reivindicação antiga dos veterinários, diante do silêncio dos dirigentes, quanto aos atos praticados no exercício de seus mandatos eletivos, o que violava o princípio da transparência e da eficiência que deve prevalecer na administração pública, conforme a Constituição Federal, mas era negligenciado pelo CRMV.
O relatório é muito útil e valioso, assim os profissionais podem acompanhar e fiscalizar a atuação dos atuais dirigentes. Por exemplo, através dele é possível confirmar que houve problemas na relação com servidores, com casos de assédio moral na autarquia, a partir da assinatura de Termo de Ajuste de Condutas – TAC com o Ministério Público do Trabalho, além das demissões de três funcionários. Em outras partes, verifica-se que a estrutura do Conselho é deficiente, ao contar com apenas 02(dois) profissionais de nível médio para exercer a fiscalização nos 417 municípios baianos. Além do número reduzido, não há profissionais médicos veterinários neste setor.
No relatório, o CRMV divulga que está investindo na reforma do prédio e das instalações da sede administrativa, mas não menciona investimentos na descentralização administrativa e nem no setor de fiscalização, o que poderia aumentar as receitas da entidade. Outras promessas são feitas no relatório e perguntamos: por que não fizeram antes, por que tanto atraso?
Enfim, é uma luz no fim do túnel, após longo período de inação, revela uma mudança de atitude à véspera de prováveis eleições. Porém, é preciso ficar alerta, porque pode significar uma medida eleitoreira e oportunista, uma tentativa de melhorar a avaliação dos atuais dirigentes, a fim de melhor pontuar nas próximas eleições. Estamos de olho!
