É importante refletir sobre as formas de financiamento das entidades sindicais, essa compreensão é fundamental para fortalecer a luta pelos direitos dos trabalhadores.
O sindicato pertence a todos os trabalhadores por ele representados. Ele é o eixo de organização política de uma categoria, negocia – por mandato – em seu nome, exerce fiscalização no cumprimento dos direitos e atua na defesa dos interesses dos trabalhadores.
Por vezes, não nos damos conta de que a maior parte dos direitos devem-se à ação sindical, pela qual a categoria se organiza. Nenhum direito é concedido por liberalidade dos patrões. São, isso sim, garantias dos Acordos Coletivos e das Convenções Coletivas definidas pelas negociações da data base, nas Campanhas Salariais (ao contrário do que o nome sugere, elas não tratam apenas dos salários!).
A luta sindical busca ampliar os direitos ao mesmo tempo em que funciona como um freio à sua flexibilização. Por isso, beneficia todos os trabalhadores, inclusive aqueles que não são associados ao sindicato.
Não é tarefa fácil. Exige vontade política (da direção sindical e dos trabalhadores), organização de classe e condições financeiras.
Nenhum sindicato sobrevive sem dinheiro. Mas é a categoria que decide como, quando e quanto pagará. Como todo resto da ação sindical, essa decisão também tem que ser coletiva, tomada sempre em assembleia.Tão necessário como poder contar com o sindicato é decidir como ele deve ser mantido financeiramente e como os recursos devem ser empregados.
Assim os trabalhadores adquirem a consciência de que o sindicato pertence à categoria e por isso, depende dela também.