CUT conclama trabalhadores, movimentos sociais e militantes de todo o país para atos em defesa da Petrobrás, Democracia e Direitos.
Central Única dos Trabalhadores conclama as trabalhadoras e os trabalhadores, militantes e dirigentes de todo o País para realizar um ato nacional contra a retirada de direitos, em defesa dos direitos da classe trabalhadora, da Petrobrás e da Reforma Política. O ato será no dia 13 de março, em todo o Brasil. Em São Paulo, o ato será em frente ao prédio da Petrobrás, às 15h, na Avenida Paulista.
“A CUT não deixará que os trabalhadores sofram o ônus de medidas fiscais pensadas para a economia. Também não permitirá que a Petrobrás, patrimônio do povo brasileiro, seja desconstruída por vontade de especuladores internacionais. Para defender os direitos de todos os brasileiros vamos às ruas!”, afirma Vagner Freitas, presidente nacional da CUT.
Pautas
O fim das Medidas Provisórias (MP´s) 664 e 665, que alteram direitos da classe trabalhadora, é uma das questões centrais. Os movimentos do Brasil estão em alerta desde que foram editadas pelo governo federal, em 30 de dezembro de 2014.
Outra das bandeiras é a defesa da Petrobrás, empresa que corresponde a 13% do Produto Interno Bruto (PIB) nacional. O coordenador da Federação Única dos Petroleiros (FUP), José Maria Rangel, afirma que a defesa da soberania nacional e do emprego dos petroleiros é urgente. Da mesma forma, o controle das reservas.
Segundo ele, a empresa reúne mais de 86 mil trabalhadores diretos e milhares de indiretos que fazem a estatal ser reconhecida mundialmente por sua excelência. “A Petrobrás investe, por dia, R$300 milhões na economia brasileira e sabemos que o Petróleo por muitos anos ainda será a matriz energética do mundo. Nesse contexto, quem tem petróleo tem poder”.
A terceira bandeira é pelo Plebiscito sobre a Constituinte Exclusiva e Soberana para reforma do sistema político. A representante da Secretaria Operativa Nacional do Plebiscito Popular, Paola Estrada, explica que existe uma manobra no Congresso para que se aprove a reforma política pela Proposta de Emenda à Constituição (PEC) 352/2013, considerada pelos movimentos como a “PEC da Corrupção” porque defende temas polêmicos, como o financiamento privado de campanha eleitoral.
A proposta que dialoga com a classe trabalhadora é a da Constituinte pela Reforma do Sistema Político. A consulta popular está prevista no Projeto de Decreto Legislativo (PDC) 1508/14, da deputada Luiza Erundina (PSB-SP).
Na Bahia o ato vai acontecer em frente à sede da Petrobras, no Itaigara – A manifestação terá a presença das centrais sindicais, trabalhadores e trabalhadoras, movimentos sociais, parlamentares e partidos da base aliada. A participação do governador Rui Costa (PT), também é esperada. A concentração vai acontecer a partir das 7h. O ex-presidente Lula irá participar das mobilizações do dia 13 de março em São Paulo, e reafirma: “que defender a Petrobrás, é defender o Brasil”.
CUT-BA, FUP e Movimentos Sociais defendem que os recursos da estatal devem ser aplicados no desenvolvimento do país, em especial na educação. “Não resolveremos a corrupção com a privatização. Corrupção se combate com Reforma Política e esta se faz através de uma Constituinte Exclusiva e Soberana em relação ao poder econômico, aos partidos e ao governo. Esse é o entendimento da CUT e também o meu”, afirma o presidente da CUT Bahia, Cedro Silva.
Seguindo uma orientação nacional, a CUT Bahia também irá manter vigilância no Congresso Nacional para impedir que sejam retirados direitos trabalhistas, e dará especial atenção ao PL 4330 da terceirização. Uma reunião preparatória para o evento nacional foi realizada nesta quinta-feira (26), no Auditório do Sindipetro-BA. O próximo encontro preparatório está marcada para às 17h da próxima segunda-feira (2/3).
Fonte: ASCOM CUT Nacional e Bahia (adaptado).